segunda-feira, 27 de junho de 2011

As redes sociais

O início do século XXI criou uma tecnologia que considero fantástica, as redes sociais, que usam da internet e dos pcs para entrarem em contato, estabelecerem comunicação instantânea entre as pessoas, independente de cor, credo, filiação partidária, local onde vive, idade, riqueza ou pobreza, entre tantas coisas.
Acredito no poder gigantesco das redes sociais. Elas são capazes de fazer cumprir a profecia do especialista em comunicação norte-americano, Marshall McLuhan em seu livro "A galáxia de Gutemberg", que é a criação de uma aldeia global. Não no sentido das pessoas pensarem da mesma forma, pelo contrário, da possibilidade dos diferentes, dos desiguais, expressarem o que pensam e, desta forma, enriquecer o debate democrático com a participação da minoria, seja de qual tipo for.
Como na sociedade que eu chamaria de real, porque as redes sociais são virtuais, as pessoas comunicam aquilo que pensam. É só dar uma olhada em qualquer página de rede social que poderá ser visto o que a maioria da população pensa. São as famosas mediocridades já avisadas por Schopenhauer que dizia porque as pessoas jogam cartas. Como elas não têm nenhuma ideia para trocar, trocam cartas!
Não sou tão pessimista e desanimado como Schopenhauer. Procuro ser um realista otimista. Então, acredito que os blogs, os facebooks etc servem para todo tipo de coisa, desde falar qualquer merda ou marcar um encontro sexual até elaborar um protesto político significativo que irá provocar os leitores virtuais a pensarem.
Acho que as redes sociais devem ser utilizadas nas escolas, entre alunos e professores, para que exista um ambiente de maior liberdade e questionamento entre eles. Estou me lembrando de um comercial norte-americano em que uma criança pergunta para um professor se ele é que vai dar aula. Se for, a criança pergunta se ele tem um computador, se sabe navegar na internet etc. Ou seja, em tempos de tecnologia da comunicação tão adiantada, não é possível pensar o professor usando o mesmo livro didático, o mesmo giz e a mesma lousa e, o que é pior, o mesmo discurso de sempre, baseado em suas fichas amareladas. É preciso botar pimenta e mais tempero nesse pirão que está sendo feito com as tecnologias.
Sem medo! Se tiver que se fazer uma crítica, deve-se ponderar se ela é ou não pertinente, o mesmo vale para elogios. As crianças e os jovens não são idiotas, porque sabem o que querem e querem ser, antes de tudo, ouvidos pelos adultos. Sem hierarquização de poder entre professores e alunos. Pela liberdade de expressão e igualdade de tratamento, com respeito e dignidade de ambas as partes.
Quem dera pudesse toda criança e todo jovem da escola pública ter um netbook e cada escola ter wireless em número suficiente para plugar todos esses pcs à internet no horário da aula.
Alguns poderão dizer: mas o aluno irá ficar navegando em páginas nada a ver enquanto o professor explica o conteúdo. Que bobagem! Leciono há 28 anos e sei muito bem quando um aluno está no mundo da lua, sem netbook, apenas sentado na carteira olhando perdido para o horizonte, e quando ele está ligado na aula. É o professor que faz a diferença. Ele é que tem que motivar o aluno, fazer com que o mesmo preste atenção, não por medo da prova, mas pelo que é interessante no assunto abordado e na forma como o assunto é abordado.
Enfim, é fundamental democratizar o acesso à tecnologia da informação para toda a sociedade para que não somente a escola mude seu perfil, mas também a democracia tenha respaldo e se consolide definitivamente.

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