segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mais uma do PSDB de São Paulo contra os professores

O governador Alckmin determinou que as férias dos professores da rede pública estadual serão divididas. Serão 15 dias em janeiro e 15 em julho. O argumento é que os professores terão mais tempo para prepararem as aulas. Mentira! Argumento furado. Os professores não tem muito tempo para prepararem suas aulas porque recebem um salário muito baixo e precisam de uma dupla ou até tripla jornada de trabalho diário para compensar o salário baixo que recebem da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
O governo quer é escravizar o professor, alegando que terá aproximadamente 50 dias de descanso por ano, dizendo que a maioria dos trabalhadores tem apenas 30 dias. Porém, como a própria legislação reconhece e qualquer pessoa de bom senso reconheceria, a atividade do magistério é muito mais desgastante do que a maioria das outras atividades profissionais, é por isso que o professor se aposenta com 30 anos de contribuição e a professora com 25 anos.
Enquanto o governo de São Paulo não melhorar as condições de trabalho do professor, este terá que dar aulas em outras escolas, geralmente particulares, para complementar o seu salário, ficando, como resultado, estafado, exausto, sem motivação e sem tempo para preparar aulas melhores.
O sindicato dos professores de São Paulo quer que a jornada máxima de aulas para o professor da rede pública seja de 25 aulas por semana, sem prejuízo nos vencimentos, recebendo por 40 horas aula semanais. Dessa forma, se tal medida fosse aprovada pela Assembléia Legislativa, o professor poderia ter mais tempo para preparar as suas aulas durante a semana e ficaria mais descansado para dar uma atenção melhor aos alunos. Mas esse objetivo parece distante da mente dos atuais gestores do governo paulista. Preferem manter as 33 horas aula em sala de aula por semana e diminuir o tempo de férias dos professores.
O resultado será muito fácil de compreender: professores mais cansados e menos motivados irão para a sala de aula e isso acarretará prejuízo para os alunos, simplesmente.
O jornal Folha de São Paulo, em seu editorial de hoje, afirmou que o decreto do governador é positivo e nem discutiu as condições de trabalho dos profissionais da educação. Mas todos já sabemos quem (ou qual partido) a Folha apóia, não é mesmo? Quem duvida que seja o PSDB?
Além disso, a Folha afirmou que os professores receberão um aumento de salário de 42 %, escalonado em 4 anos. Isso é um absurdo! Desde 1998 acumula-se uma perda salarial da ordem de 36 %. O que o governo anuncia como aumento é nada mais nada menos que reposição salarial, que o professorado irá ter que esperar quatro anos para que as perdas desde 1998 sejam compensadas. Aí eu pergunto: E as perdas que os professores tiverem a partir de 2011? Bom, nisso ninguém fala. Afinal, não é o salário que é baixo, é o mês que é comprido...!!!
Me admira que a maioria da população de São Paulo continue votando nos candidatos do PSDB, especialmente os pobres, que são os mais prejudicados por medidas como essas.

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